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D. João III

15º Monarca de Portugal. Nasceu em Lisboa, a 6 de junho de 1502, no Paço da Alcáçova, e morreu na mesma cidade, a 11 de junho de 1557, no Palácio da Ribeira.

 

Era filho de D. Manuel e de D. Maria de Aragão.

 

D. Manuel I, desde cedo, começou a introduzi-lo nas questões do reino.

 

Subiu ao trono a 13 de dezembro de 1521, sendo aclamado rei, a 19 do mesmo mês, na Igreja de S. Domingos.

 

O seu reinado durou 36 anos e caracterizou-se por uma intensa actividade a nível de política interna, ultramarina e relações diplomáticas com os Estados Europeus da época.

 

Como governante, coube-lhe a gestão de várias crises: crise financeira, ameaça protestante, perigo turco, concorrência francesa e inglesa no Império, crises no estado da Índia, peso da vizinhança demasiado forte de Carlos V. A forma como agiu face a esta conjuntura teve sempre como base uma grande dose de sensatez e de realismo que, entre outras coisas, se traduziu na aposta certeira no Brasil, rapidamente tornado o elemento fundamental do Império Português, papel que desempenharia durante cerca de dois séculos e meio.

 

D. João III também é conhecido por ser extremamente religioso, o que permitiu introduzir em Portugal o Tribunal do Santo Ofício, em 1536.

 

Na política ultramarina, herdou um império vastíssimo, que se estendia a 3 continentes, num conjunto territorial que impunha difíceis problemas de administração à distância uma vez que era demasiado disperso.

 

A nível externo, a actividade diplomática exercida por este monarca foi extremamente intensa, sendo mesmo a mais intensa conhecida na segunda dinastia.

 

A proteção à cultura é outra grande característica deste rei que, chega a ser considerado mecenas nacional.

 

Ganhou o cognome de O Piedoso, pela sua devoção religiosa.

 

Vem a contrair matrimónio com D. Catarina de Áustria, Infanta de Espanha, a 10 de fevereiro de 1525, na Vila do Crato, da qual tem uma numerosa prole:

 

D. Afonso, em 1526 (morreu no mesmo ano)

D. Maria Manuela, em 1527 (1ª esposa de Filipe II, morre antes do pai, de parto)

 D. Isabel, em 1529 (morreu no mesmo ano)

D. Beatriz, em 1530 (morreu no mesmo ano)

D. Manuel, em 1531 (morre com 6 anos)

D. Filipe, em 1533 (morre com 6 anos)

D. Dinis, em 1535 (morre com 3 anos)

D. João Manuel, em 1537 (morre antes do pai)

D. António, em 1539 (morre com 1 ano)

 

Tem ainda um filho, fruto de uma ligação antes do casamento, com Dona Isabel Moniz:

 

D. Manuel, em 1523 (mudou o nome para Duarte, por confusão com o do herdeiro legítimo, tornou-se arcebispo de Braga, morre antes do pai).

 

No entanto, tem a infelicidade de ver falecer os seus filhos, um a um, e começa a ter um grave problema de sucessão ao trono.

 

A linha de sucessão foi mantida, desde 1539, pelo príncipe D. João que, pelo seu casamento com D. Joana, filha de Carlos V, foi progenitor de D. Sebastião. – A coroa de D. João III veio, pois, a ser herdada pelo seu neto.

 

No seu reinado são acrescentadas várias dependências ao Mosteiro da Batalha, entre as quais dois claustros, hoje completamente desaparecidos.

 

Está sepultado no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.

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