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Príncipe D. Fernando

 

D. Fernando Augusto Francisco António Kohary de Saxe-Coburgo-Gota, princípe e, posteriormente, rei consorte de Portugal. Nasceu em Viena, Áustria, a 29 de outubro de 1819 e morreu em Lisboa, no Palácio das Necessidades, a 15 de dezembro de 1885.

 

Era filho do Duque Fernando Jorge Augusto de Saxe-Goburgo-Gota e de Maria Antonieta Gabriela Kohary Saxe-Coburgo-Gota.

 

D. Fernando era um artista exímio, e bem mereceu o cognome de O Rei Artista, que veio a adquirir. Desenhava admiravelmente e tinha uma bela voz de barítono, que sabia usar com mestria.

 

Tendo D. Maria II enviuvado do seu primeiro marido, o príncipe Augusto de Lenchtemberg, foi o escolhido para segundo marido desta, com quem casou por procuração a 1 de janeiro de 1836 e em pessoa a 9 de abril do mesmo ano, em cerimónia realizada em Lisboa.

 

Tiveram 11 filhos:

 

D. Pedro, em 1837 (herdeiro do trono, futuro D. Pedro V)

D. Luís, em 1838 (futuro D. Luís I)

Maria (1840)

João, em 1842

Maria Ana, em 1843

Antónia, em 1845

Fernando, em 1846

Augusto, em 1847

Leopoldo, em 1849 (morreu no mesmo ano)

Maria da Glória, em 1851 (morreu no mesmo ano)

Eugénio, em 1853 (morreu no mesmo ano)

 

Assistiu à primeira consolidação do regime constitucional no nosso país e tomou parte ativa no seu estabelecimento durante os anos de 1836 a 1855.

 

Os seus primeiros anos no nosso país não foram muito felizes, uma vez que, pouco depois da sua chegada, enfrenta a crise gravíssima da revolução de etembro, da Belenzada, da Revolta dos Marechais, etc.

 

Destituído do cargo militar que detinha, o rei pôde dedicar a sua vida à missão de conselheiro da rainha e protetor das artes.

 

A D. Fernando ficamos a dever muito do que existe dos monumentos mais ricos do Património Nacional. Salvou de um inevitável vandalismo e ruína os Conventos da Batalha,de Mafra, de Tomar e dos Jerónimos.

 

Quanto ao Mosteiro da Batalha, que visitara e estudara pormenorizadamente durante o mês de novembro de 1836, na sua maior deslocação pelo centro do País, achou que o convento que achava em muito mau estado, após a passagem da soldadesca das guerras napoleónicas e uma vez que tinha começado a servir como pedreira para a construção das casas das populações mais próximas. Conseguiu mesmo que destinassem algumas verbas do Orçamento das Obras Públicas para a sua rápida recuperação, tornando-se o primeiro Monumento a ser restaurado no nosso país.

 

Com a subida ao trono de D. Pedro V, D. Fernando desaparece da cena política e dedica-se exclusivamente ao que realmente gosta – As Artes.

 

Passados alguns anos da morte da esposa, volta a casar com D. Elise Hensler, feita condessa d’Edla, uma simples cantora de ópera e mãe solteira, a quem deixaria como herança o Palácio da Pena, cuja construção foi da sua inteira responsabilidade.

 

Está sepultado ao lado de D. Maria II, no Panteão dos Braganças, em São Vicente de Fora, em Lisboa.

 

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