10º Monarca de Portugal. Nasceu em Lisboa, a 11 de abril de 1357, e morreu na mesma cidade, a 14 de agosto de 1433.
Era filho ilegítimo do rei D. Pedro I e de D. Teresa Lourenço.
Em 1364 foi consagrado Grão-mestre da Ordem de Avis.
Passou toda a sua adolescência em Avis. Aos 19 anos apaixonou-se por Inês Pires, de quem teve 2 filhos:
D. Afonso, em 1377 (primeiro Duque de Bragança)
D. Brites, em 1386 (morreu jovem)
Já nessa altura se começava a destacar na vida do País mas foi, a 6 de dezembro de 1383, com a sua participação na morte do Conde Andeiro que se tornou mais reconhecido entre as gentes.
Foi nomeado Rei de Portugal nas Cortes de Coimbra de 6 de abril de 1385 com o apoio de homens de valor como Nuno Álvares Pereira e João das Regras.
A 14 de agosto de 1385 enfrentou as tropas castelhanas numa Batalha que, apesar de Real, ficará para sempre conhecida como a Batalha de Aljubarrota, onde, com a sua destreza e o génio militar do seu Condestável do Reino, D. Nuno Álvares Pereira, levou a melhor sobre as tropas inimigas que eram em muito maior número que as suas.
Para comemorar esta vitória e cumprir a promessa que tinha feito à Virgem, mandou erigir o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha, e doou-o à Ordem de S. Domingos.
Casou com D. Filipa de Lencastre, filha de Gaunt, Duque de Lencastre, a 2 de fevereiro de 1387 e teve 8 filhos:
D. Branca, em 1388 (morreu jovem)
D. Afonso, em 1390 (morreu jovem)
D. Duarte, em 1391 (sucessor do pai)
D. Pedro, em 1392 (Duque de Coimbra, O Das Sete Partidas)
D. Henrique, em 1394 (Duque de Viseu, O Navegador)
D. Isabel, em 1397 (casou com Filipe III, Duque de Borgonha)
D. João, em 1400 (Condestável de Portugal)
D. Fernando, 1402 (morreu no cativeiro, em Fez, O Infante Santo)
D. João I era um rei invulgarmente culto para a sua época. Educado desde criança para dirigir uma das mais importantes ordens religioso-militares do país, recebeu instrução desenvolvida. Esta instrução abrangia, desde conhecimentos pormenorizados de liturgia e doutrina católica, até bases de direito canónico e de administração pública, além da prática militar inerente à ordem.
É autor do Livro da Montaria
Decidiu construir o seu Panteão no Mosteiro da Batalha, onde ainda hoje repousam os seus restos mortais, ao lado dos da sua esposa, que primeiro tinha sido sepultada em Odivelas e só em 1416 foi transladada para a Capela do Fundador.
Nesta sala repousa a maior parte da Ínclita Geração, ou seja, os seus filhos D. Pedro, D. Henrique, D. João e D. Fernando. Aqui repousam também o seu neto, D. Afonso V, o seu bisneto, D. João II, e o seu trineto, o Príncipe Afonso.
Devido à forma como governou o país, deixou de si “Boa Memória”, acabando por ser conhecido com este cognome. Realizou a divisa “Pour bien”.
Início | Mapa do Site | FAQ | Sugestões | Contactos | Acessibilidade | Dados Legais