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Espaço e Organização


 

Os primeiros edifícios conventuais da Batalha não são os mais antigos que hoje aí se podem ver. Considerando que o principal edifício monástico – a igreja – levou mais de cinquenta anos a construir, facilmente se conclui que teve de haver outras instalações para a comunidade dominicana a quem o mosteiro foi entregue, em 1388. Sabe-se da existência de um primeiro templo, acabado de demolir nos anos 60 do século XX, conhecido pelo nome de Santa Maria-a-Velha. Foi essa a primeira igreja conventual, a ela se tendo certamente agregado os cómodos necessários aos frades. Situava-se a nordeste do núcleo monástico em construção.

 

Do projeto inicial não faziam parte os panteões, mas apenas a igreja, a sacristia, o claustro real e as suas dependências: casa capitular, dormitório, refeitório e cozinha. A fachada norte deste conjunto inicial foi, de facto, pensada como uma fachada exterior. No entanto, várias questões continuam a aguardar resposta: onde se guardavam as provisões e a lenha? Onde ficavam a livraria, a botica e a enfermaria? Porque se insiste em identificar o dormitório com o amplo espaço que foi utilizado como adega ao longo de vários séculos? Sabemos que, nesta época, os dormitórios comuns não eram habituais entre as comunidades de Pregadores.

 

A primeira ampliação da parte conventual deu-se com a construção do Claustro de D. Afonso V, no terceiro quartel do século XV, e veio certamente satisfazer as necessidades de armazenamento e de latrinas, no piso térreo, e de celas, livraria e demais dependências, no piso superior.

 

A segunda e última ampliação teve lugar um século mais tarde, com a construção de um claustro para a portaria e de outro para dependências do porteiro, cocheira e sala de arreios e estábulos, no piso térreo, e do dormitório e capela dos professos, da livraria e da hospedaria, no piso superior. Este desenvolvimento da componente conventual relacionou-se com a aquisição de estatuto universitário pelos estudos da Batalha, num ambiente de Contra-reforma católica, com a preocupação vincada de especializar e separar funções, em regime de clausura rigorosa. O piso superior do Claustro de D. Afonso V passou a albergar, a norte, as celas dos conversos e, a poente, a casa de noviços com a sua capela própria. Talvez tenham desaparecido, nesta época, as primeiras dependências conventuais agregadas a Santa Maria-a-Velha, que continuou em funções até aos últimos dias da comunidade dominicana da Batalha. A igreja ficou então ligada, por um lado, aos novos edifícios e, por outro lado, à cerca. A portaria dispunha de uma entrada lateral, no interior de uma estrutura porticada, que dava para uma sala de receção e eventual distribuição de pessoas para diferentes partes do convento: a contígua sala de aula destinada à população local, a capela dos professos e as dependências do prior, a hospedaria.

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