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D. João II

 

13º Monarca de Portugal. Nasceu em Lisboa, a 4 de maio de 1455, e morreu em Alvor, a 25 de outubro de 1495.

 

Era filho do rei D. Afonso V e de D. Isabel.

 

Subiu ao trono, a 29 de agosto de 1481, já com alguma experiência de governação.

 

Quando D. Afonso V foi na campanha de Marrocos ficou como regente, apesar de ainda bastante novo. Sete anos mais tarde, esteve com o pai na conquista de Arzila.

 

Desde 1474 que dirigia a política atlântica. Era um grande defensor desta exploração.

 

D. João II vai patrocinar as viagens de Diogo Cão, que atinge a Serra Parda, descobre a Foz do Rio Congo e explora a costa da Namíbia, em 1484, a viagem de Bartolomeu Dias, que atinge o sul do continente Africano e cruza o Cabo da Boa Esperança, em 1488, Álvaro de Caminha, que começa o colonização das ilhas de S. Tomé e Príncipe, em 1493, e a viagem de Pêro da Covilhã e Afonso Paiva, pelo Mediterrâneo, ao Egito e à Etiópia, com a intenção de “abrir as portas” da Índia a Cristóvão Colombo e dando a certeza ao monarca que era possível atingir esta terra por mar.

 

A 7 de junho de 1494 dá-se a assinatura do Tratado de Tordesilhas.

 

A nível interno, tentou diminuir o poder que a nobreza entretanto adquiriu com o pai, de modo a concentrar em si todo o poder e impor a autoridade da coroa. Uma autoridade que à grei se impunha acatar.

 

Casou com D. Leonor, sua prima direita, filha do Infante D. Fernando, a 16 de setembro de 1473, e teve 2 filhos:

 

Um rapaz, morto à nascença

D. Afonso, em 1475 (príncipe herdeiro)

 

Tem ainda uma relação adúltera com D. Ana Furtado de Mendonça, da qual nasceu o seu filho bastardo:

 

D. Jorge, em 1481

 

A partir da morte de seu filho, D. Afonso, em 1491, consequência de uma misteriosa queda a cavalo, a sua constante preocupação vai ser a sucessão ao trono. Uma dor profunda que acompanha o monarca até ao final da sua vida.

 

Em 29 de setembro de 1495, em Alcáçovas, D. João II redige o seu testamento e nomeia D. Manuel como herdeiro da coroa.

 

Com a sua morte, a sua figura é enaltecida, e ganha o cognome de O Príncipe Perfeito, graças ao valor da sua obra.

 

Ficou sepultado no Mosteiro da Batalha. Primeiro, numa Capela lateral da Igreja, uma vez que o panteão que lhe estava destinado ainda não tinha sido terminado. Mais tarde, cerca de 1901, as suas ossadas foram colocadas na Capela do Fundador, onde ainda hoje se encontram depositadas.

 

Ficou conhecido com a divisa Pela Ley e Pela Grey.

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