Já foi notado o regresso das cegonhas ao Mosteiro. Fazemos votos para que fiquem por cá durante muito tempo, pois sabemos que foram seus habitantes de longa data.
Os escritores deixaram-nos uma memória vívida da presença destes animais no monumento. Se tiver paciência, pode continuar a ler.
Foi-me dado verificar neste lugar a ternura paternal que os poetas e os naturalistas atribuem às cegonhas. Um destes animais, com a sua afetuosa companheira, residiu muito tempo num grande ninho curiosamente construído no cimo da torre da igreja. Os frades e o povo da vila tomariam como sacrilégio se alguém fosse molestar as cegonhas. Esta proteção dispensada pelos homens é completamente compensada pelos serviços que essas aves prestam à região, matando serpentes, lagartos e outros répteis semelhantes.
James Murphy, Travels in Portugal, 1795.
Rapazinhos de tez morena, cabelo rapado e longas túnicas brancas dedicavam-se afanosamente a sacudir toda e qualquer partícula de pó. Uma cegonha e um flamingo pareciam fazer-lhes companhia bem amigável, seguindo-os por todo o lado, o que muito me fez lembrar o Egipto e os ritos de Ísis.
William Beckford, Recollections of an excursion to the monasteries of Alcobaça and Batalha, 1835
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