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D. Manuel I

14º Monarca de Portugal. Nasceu em Alcochete, a 31 de maio de 1469 e morreu em Lisboa, a 13 de dezembro de 1521.

 

Era filho do Infante D. Fernando e de D. Brites.

 

Herdou o trono por testamento e foi aclamado rei em Alcácer do Sal, a 27 de outubro de 1495.

 

Foi o primeiro rei a assumir o título: “Rei de Portugal e dos Algarves, d’Aquém e d’Além – Mar, em África, Senhor do Comércio, da Conquista e da Navegação da Arábia, Pérsia e Índia”.

 

A nível interno, vai reformar as Ordens Afonsinas, em 1521 – substituídas pelas Ordenações Manuelinas. É com este rei que se inaugura o Estado burocrático e mercantilista.

 

Na política ultramarina, continuou a dar seguimento à preparação da viagem marítima à Índia.

 

A frota, que já não se compunha de caravelas, mas sim de naus, partiu de Lisboa a 8 de julho de 1497 e a 20 de maio de 1498 aportava em Calecut – dá-se a descoberta do caminho marítimo para a Índia.

 

Em 1500 manda D. Manuel uma numerosa armada à Índia. Foi a Armada comandada por Pedro Álvares Cabral, que avistou a 22 de abril, a costa brasileira e, 2 dias depois, desembarcou na larga enseada – dá-se a descoberta do Brasil.

 

Também se organizaram viagens para ocidente, tendo-se chegado à Gronelândia e à Terra Nova.

 

No desejo de desenvolver a cultura em Portugal, promoveu a reforma dos Estudos Gerais.

 

Do ponto de vista artístico, aproveitou a riqueza obtida pelo comércio para construir edifícios reais - assim nasceu em Portugal o estilo manuelino, que se ostentou em variados géneros de construção: civil, militar e religiosa. São Exemplos deste estilo a Torre de Belém e o Mosteiro dos Jerónimos.

 

O Mosteiro da Batalha também é acrescentado nesta altura. São de Estilo Manuelino, entre outras coisas, o preenchimento das platibandas do Claustro Real, e o magnífico portal das Capelas Imperfeitas.

 

Com a sua morte, a 13 de dezembro de 1521, ganha o cognome de O Venturoso ou O Bem Venturado, pelos ventos felizes que o levaram ao trono e que ocorreram no seu reinado, fazendo de Portugal um dos países mais ricos e poderosos da Europa.

 

Casou com D. Isabel, viúva do Príncipe Afonso, em 1497 e tem 1 filho:

 

D. Miguel da Paz (morreu jovem)

 

Viúvo desde 1498, casou, a 30 de outubro de 1500, com a Infanta D. Maria de Aragão, irmã da sua falecida esposa, e tem 10 filhos:

 

D. João (sucessor do pai, futuro D. João III)

D. Isabel (casada com Carlos V, Imperador da Alemanha)

D. Beatriz, (Duquesa de Sabóia, casada com Carlos III, Duque de Sabóia)

D. Luís (Duque de Beja, Condestável do reino)

D. Fernando (Duque da Guarda, casado com Guiomar Coutinho, Condessa de Marialva)

D. Afonso (Cardeal, Arcebispo de Évora e Lisboa)

D. Maria (morreu jovem)

D. Henrique (Cardeal, Arcebispo de Braga, Évora e Lisboa, Inquisidor Geral, regente do reino e rei de Portugal)

D. Duarte (Duque de Guimarães)

D. António (viveu poucos dias)

 

Viúvo, novamente em 1517, desposa, um ano depois, D. Leonor de Áustria, infanta de Espanha, irmã de Carlos V, e tem 2 filhos:

 

D. Carlos (morreu jovem)

D. Maria (famosa por ser considerada a mais culta das infantas)

 

Está sepultado no Mosteiro que mandou construir – o Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa

 

Ficou conhecido com a divisa In Hoc Signo Vinces

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