Originário da Covilhã, Mateus Fernandes serviu D. Afonso V, D. João II e D. Manuel I.
Foi arquiteto do Mosteiro da Batalha durante mais de 25 anos.
Casou com D. Isabel Guilherme, filha de Mestre Guilherme e neta do Mestre Conrate.
Em 1480 já era Mestre, mas, em agosto, foi destituído do cargo a favor de João Rodrigues.
João Rodrigues era Mestre Vidreiro. Era pessoa bem colocada e influente, merecedor da confiança do rei, a tal ponto que chegou ao cargo de mestre-de-obras. Não terá permanecido muito tempo à frente das obras.
De facto, em 1485, já aparece como mestre um tal João de Arruda, mas pouco se conhece desta personagem, a não ser que trabalhou em Évora e que terá sido sepultado na Igreja de Santa Maria-a-Velha, da Batalha.
Em 1490 já Mateus Fernandes era, novamente, mestre na Batalha, desta feita, até vir a falecer, em 1515. Terá sido o introdutor do Manuelino, caracterizado pela instrução de temas marítimos, vegetalistas e exóticos, inspirado na gesta dos descobrimentos.
Com o cargo e a riqueza que detinha, tornou-se numa das pessoas mais notáveis da Vila da Batalha, vindo, em 1503 a desempenhar o cargo de juiz.
A 2 de janeiro de 1514, acumulou o cargo administrativo de recebedor do dinheiro das obras.
Mateus Fernandes conseguiu algo único em todo o historial dos mestres-de-obras do monumento, um marco na história dos mestres do mosteiro – ganhou o privilégio de ser sepultado dentro da Igreja Monacal, juntamente com a sua esposa.
Cumprindo a tradição, é Mateus Fernandes (II), seu filho, que vai ser por ele associado à administração das obras, sucedendo-lhe como mestre geral, em 1516, nomeado por D. Manuel I.
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